Há três anos, a histórica Rua Sete de Setembro, no Bairro Perpétuo Socorro, está fechada em cumprimento a uma decisão judicial. Não por acaso, os moradores têm pouca esperança em ver a via, que liga a Zona Norte ao Centro, livre das barreiras de concreto, já que, à medida que o tempo passa, o assunto começa a cair no esquecimento.
Com o enrosco judicial encerrado, agora a questão é administrativa para viabilizar a reabertura. O fechamento ocorreu como contrapartida à construção do túnel da Avenida Rio Branco, previsto em convênio assinado ainda no governo Valdeci Oliveira (PT), em 2004, com o Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit). Depois de concluída a obra, o Dnit, que bancou os recursos do túnel, entrou na Justiça para exigir o cumprimento da contrapartida numa longa batalha judicial.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Foto: Eduardo Ramos (Diário)/
Em 2019, a rua histórica, no Bairro Perpétuo Socorro, foi fechada com barras de concreto em cumprimento a uma decisão judicial
Nos últimos dias, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) disse que a questão é complexa e que aguarda uma resposta da Rumo, concessionária da ferroviária, sobre a reabertura da Rua Sete - a espera já dura um ano.
É preciso de uma articulação política junto ao Ministério de Infraestrutura, à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e à própria Rumo, já que depende de uma decisão administração para a liberação da via, seja por meio de sinalização ou outra alternativa.
VÍDEO :Rua Sete completa três anos fechada e não tem previsão de liberação
Por isso, essa tarefa cabe, principalmente, aos políticos com trânsito livre no Palácio do Planalto, como o senador Luis Carlos Heinze (Progressistas), o ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni (Democratas), o deputado federal Bibo Nunes (PSL) e o deputado estadual Luciano Zucco (PSL), o mais votado de fora da cidade nas eleições de 2018.
Os apoiadores locais do presidente Bolsonaro, como os vereadores Manoel Badke (Democratas), Maneco, e Roberta Leitão (Progressistas), também podem cobrar esses líderes com influência no Palácio do Planalto.
E 2022 é um bom ano para pressionar por uma solução, já que tem eleições e, por isso, as questões costumam ser resolvidas mais rapidamente.